Eduardo Floriano Almeida, juiz plantonista, decretou a prisão preventiva do lutador de muay thai, Maicon Almeida de Oliveira, de 21 anos, que confessou ter assassinado Carlos Roberto Marani, de 61, na noite da Ășltima terça-feira (4/3), na residĂȘncia da vĂtima localizada na Rua Monte Castelo, no Jardim MaringĂĄ, em Dourados.
O autor foi preso horas após o crime e confessou ter usado técnicas de luta para matar Carlos, isso porque, segundo versão apresentada por ele, descobriu que sua companheira, de 27 anos, era amante do idoso. Maicon e a mulher estavam junto hĂĄ dois meses e ela espera um filho dele.
Carlos teve afundamento de crânio, fratura no maxilar e o olho direito esmagado por cotoveladas e chutes. Em depoimento na delegacia, Maicon confessou que estava com ódio da vĂtima e que desferiu os golpes com a intenção de matĂĄ-lo.
O rapaz passou por audiĂȘncia de custódia na quarta-feira (5/3), e o magistrado decidiu manter a prisão de Maicon por tempo indeterminado devido ao perigo que a liberdade dele representa.
"O crime foi perpetrado com extrema violĂȘncia, ceifando a vida da vĂtima mediante golpes brutais, notadamente cotoveladas na região da face, que resultaram em afundamento de crânio, fraturas e outras lesões gravĂssimas, evidenciando a elevada periculosidade do agente e a necessidade de resguardar a ordem pĂșblica, especialmente diante da gravidade concreta da conduta", afirmou Eduardo Floriano Almeida.
O magistrado continua: "ressalte-se que a motivação fĂștil do delito - decorrente de ciĂșmes e do sentimento de posse em relação à vĂtima -, associada ao modus operandi extremamente brutal, reforça o risco que a liberdade do custodiado representa à sociedade. Além disso, hĂĄ registros de antecedentes criminais relacionados à prĂĄtica de violĂȘncia doméstica, com histórico de ameaças e medidas protetivas anteriormente deferidas em desfavor do investigado, evidenciando sua propensão à reiteração delitiva e o perigo concreto de novos delitos, especialmente contra mulheres. As circunstâncias do crime, aliadas ao histórico do investigado, demonstram de forma inequĂvoca a necessidade da custódia cautelar".
Conforme o juiz plantonista, os depoimentos de testemunhas e da companheira de Maicon apontam que ele agiu de forma consciente e deliberada ao praticar os atos criminosos, "afastando qualquer dĂșvida sobre sua intenção homicida".
O lutador também foi preso por violĂȘncia doméstica contra a mulher. Ela pediu medida protetiva contra ele. Com a decisão da audiĂȘncia de custódia, Maicon serĂĄ levado para a PED (PenitenciĂĄria Estadual de Dourados).
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