A saga das camisetas tricolores: Uma jornada de emoções e amizades
Da primeira camiseta ao retorno ao MS: Uma história de amor pelo Grêmio e amizades conquistadas
Toda história tem suas maneiras únicas de ser contada. A narrativa de como as camisetas do Grêmio acompanharam minha trajetória não é apenas uma coleção de tecidos, mas um emaranhado de memórias afetivas, inspiradoras e emocionantes.
Minha primeira camiseta oficial do Grêmio foi um presente de um amigo de Porto Alegre, Lamachia, que, com um gesto de simpatia e generosidade, enviou diretamente da Arena um exemplar para meu enteado de 4 anos. Sim, minha primeira camiseta oficial foi para meu menino! Que honra e alegria formar mais um gremista!
Em Dourados, MS, surgiram outras histórias. Em 2021, às vésperas de cair para a Série B, encontrei em um mercado a tradicional tricolor, made in China, em liquidação. Vesti-la me trouxe de volta aos anos 80, quando, com muito orgulho, usava meu manto azul, preto e branco. Foi ali que passei a assistir os jogos com amigos palmeirenses. No quiosque, pedi pela transmissão do jogo do Grêmio (o fatídico da queda), e, durante o intervalo do jogo dos paulistas, meus amigos trocaram para a partida do Grêmio, acompanhando meu sofrimento até o fim. A amizade e o gesto deles se mantiveram firmes, nunca mais troquei de quiosque.
Retornei à Pampa em 2022, mas a vida me trouxe de volta a Dourados seis meses atrás. Com a alegria de quem foi vice-campeão em 2023, e com a autoestima elevada pelo desempenho de Luiz Suárez, voltei ao mesmo bairro, prédio e amigos da Resenha. No entanto, o quiosque sofreu um duro golpe ao ser atingido por um carro desgovernado. Mesmo assim, a turma seguiu firme frequentando o pátio, mantendo as boas conversas e apoiando o Gerson.
Foi em uma bela vitrine de hotel que vi outra camiseta tricolor com um detalhe de colecionador. Apaixonei-me por ela e a comprei. Essa camiseta testemunhou momentos históricos, como as defesas milagrosas de Marquesín contra o Palmeiras.
Diferente de 2021, em 2024, nenhum clube gaúcho caiu, apesar das enchentes que atingiram o RS. Jogamos a Libertadores em Curitiba, e em São Paulo, a presidente do Palmeiras, Leila, nos cedeu um avião particular para seguir adiante no campeonato brasileiro. Que momento! Cada camiseta, uma história, uma memória.
A camiseta do Suárez, por vezes, penduro na sala como uma moldura. E a velha, made in China, continuarei a usar enquanto a cerveja permitir.
Há várias maneiras de contar uma história, e as memórias de um gremista de Capão do Leão, hoje repatriado ao MS, se transformam em novas histórias de um amor em azul, preto e branco.