Prefeito de Ivinhema e comerciante que zombou de investigação são alvos do Gaeco
O Ministério Público ainda não se manifestou sobre a operação em Ivinhema
O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB) é alvo de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na manhã desta quarta-feira (30/10). Além dele, um comerciante que zombou de uma ação policial realizada no último dia 15, está entre os alvos.
Os agentes estiveram na residência de Juliano Ferro, em uma das unidades do Alvorada Supermercado, na casa da proprietária do estabelecimento e na Alvorada Multimarcas, localizada na área central da cidade.
Tanto o supermercado quanto a garagem são da família de Luan Vinicius da Silva Matos, dono da caminhonete importada Silverado, apreendida pela PF (Polícia Federal) no dia 15 deste mês, durante a operação "Defray".
Naquele mesmo dia, em tom de zombaria, Luan postou vídeo em grupos de WhatsApp afirmando que já havia encomendado outro veículo do mesmo modelo.
"Levou a Silverado, mas já pedi uma branca, se f..., to nem vendo, deixa arder. Tão achando que nós tá guardado, onde nós ta", diz o rapaz segurando uma garrafa de cerveja e mostrando ele e os amigos na lancha. No dia seguinte, pediu desculpas e negou ter debochado da Polícia Federal.
A caminhonete, avaliada em R$ 519 mil, pertence ao prefeito Juliano Ferro, que comprou de um comerciante identificado como Luiz Carlos Honório, de 65 anos, acusado de envolvimento com o tráfico de drogas.
Honório foi preso em agosto deste ano no âmbito da operação "Lepidosiren", mas obteve liberdade provisória no dia 19 deste mês e atualmente está em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica.
O advogado de Juliano Ferro, João Comiran, confirmou ao Campo Grande News que a casa do prefeito foi alvo de mandado de busca nesta manhã, entretanto, disse que ainda não teve acesso a detalhes do procedimento.
Juliano Ferro é investigado em inquérito da Polícia Federal por omitir da Justiça Eleitoral a Silverado preta e outra caminhonete importada, uma Dodge RAM.
A defesa dele nega ilegalidade e diz que os veículos não foram incluídos na declaração de bens porque não estavam registrados em nome do prefeito. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre a operação em Ivinhema.